O mercado cervejeiro no Brasil tem se expandido rapidamente e com ele novos rótulos tomaram as prateleiras de mercados, empórios e distribuidoras, levando a mesa dos brasileiros diferentes aromas e sabores.

Com isso, as pessoas passaram a ter preferências e curiosidades em conhecer novos estilos e suas principais harmonizações. Nessa onda, a popularidade da expressão “cerveja puro malte” ganhou destaque entre os apreciadores, mas ao que tudo indica poucos deles realmente compreendem o que essa expressão realmente significa.

Muitos atribuem ao malte o gosto mais encorpado e amargo da cerveja. Mas na verdade, essa resposta não está exatamente errada, nem totalmente certa.

O que é cerveja puro malte?

Por definição, a cerveja puro malte é aquela que possui 100% de malte de cevada ou trigo como fonte de açúcar em sua produção, sem nenhum outro adjunto de cereais ou grãos não maltados.

Essa tradição surgiu em 1516 com a Reinheitsgebot – Lei de Pureza Alemã que instituiu que as cervejas deveriam ser fabricadas apenas com os seguintes ingredientes: água, malte de cevada e lúpulo.

Existe diferença entre cervejas “comuns” e cervejas puro malte?

As cervejas consideradas comuns ou comerciais utilizam outras fontes de cereais não maltados (milho, por exemplo) com o intuito de maximizar a produção, tornando-as mais suaves, com pouco sabor residual.

No Brasil é permitido o uso de cereais não maltados para até 45% do total dos componentes que formam a cerveja.

Vale lembrar que muitas cervejarias tradicionais ou novas no mercado lançam cervejas que não possuem as características “puro malte”, contudo, mantém padrões de qualidade (inclusive internacionais) utilizando outros ingredientes como mel, café, chocolate, especiarias ou até mesmo vinho.

Seguir as regras tradicionais ou escolher um caminho próprio é uma opção de cervejeiros e cervejarias que buscam por variações em seus produtos, buscando atender diversos paladares e gostos.